terça-feira, 6 de outubro de 2015

MOÇÃO DE REPÚDIO!


OF nº 011 / Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande


MOÇÃO DE REPÚDIO 



MANIFESTAÇÃO PÚBLICA:


O Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande, reunido/a em sua reunião ordinária, ocorrida na última segunda-feira (05), vem por meio desta, REPUDIAR veementemente a forma de organização do processo de eleição para o Fórum Estadual de Cultura do MS (FESC) a realizar-se no próximo dia 10 de outubro de 2015. 

Consideramos que o processo não foi transparente, não encontramos a divulgação de convocação em documento oficial, CONVOCAÇÃO PÚBLICA e de veiculação abrangente. O documento que está publicado no blog da atual presidenta http://delasnievedaspet-forumculturams.blogspot.com.br/2015/08/edital-de-convocacao-de-eleicao-para.html, não contém informações quanto ao número de chapas para concorrer ao processo, e qual procedimento em caso de chapa única, como o que ocorre, só há uma inscrição. 

A data proposta para eleição precede feriado prolongado, em data comemorativa, bastante trabalhada por alguns grupos de teatro, portanto, impossibilitando a participação ampla social e cultural de parte da classe teatral. 

O Colegiado Setorial de Teatro não se sente representado pela forma como a que está sendo conduzido a atual gestão e os últimos processos, portanto, não legitimamos essa ação. 

Atenciosamente, 

Campo Grande/MS, 06 de outubro de 2015. 


Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande 

Subscrevem: 

Circo do Mato

Grupo Casa

Grupo Adote

Flor e Espinho Teatro

Fulano Di Tal

Núcleo Jair Damasceno

Imaginário Maracangalha

Teatral Grupo de Risco 

Senta que o Leão é Manso

Relatória da Reunião Ordinária Colegiado de Teatro CG



Campo Grande/MS, 05 de outubro de 2015.


Reunião Colegiado Setorial de Teatro – 9h, iniciamos 9h35 (Local: Sede do Circo do Mato)


Presentes: Mauro Guimarães, Jair Damasceno, Fernanda Kunzler e Fernando Cruz

Circo do Mato/Jair Damasceno/Teatral Grupo de Risco/Imaginário Maracangalha


Pauta: 

1) Editais FCMS (sobre a última reunião com a FCMS, prazos e encaminhamento/ações);
2) Fundac (reunião com o novo presidente/prazos FMIC e Fomteatro);
3) Eleição Forum Estadual
4) Organicidade dos Colegiados de Teatro: de Campo Grande e Estadual.

Mística: Reflexão sobre o texto: A Insustentável “leveza” do Teatro
Escritora: Cida Falabella
Prólogo: A Insustentável “leveza” do Teatro (pag.59/60) – Reflexão sobre tudo o que nos afeta, o que afeta a sociedade. Os desafios que temos com a arte. O que é necessário fazer para atrair para o teatro?

FCMS:

Boca de Cena: Discutir mais profundamente. Não ficar no raso de apresentação somente, mas que possamos fazer uma construção coletiva da arte. Momento de não gerar a disputa por quem ou qual grupo apresenta, mas que haja processos formativos que mexa com o cotidiano, que provoque para sair da rotina, enlouquecer, ousar, tentar outras coisas. O que mobiliza o teatro? O que nos faz querer fazer teatro? A ideia de trazer pessoas que não convivem com a gente, é para socializar e provocar outras questões na classe artística.

Formação:
Parceria entre FCMS e Secretaria de Educação:

- Processo formativo com as escolas e universidades, a serem realizado pelos/as os/as artistas com o intuito de desenvolver formação e envolvimento com a arte, a iniciar antes da semana do teatro, pré semana, para que no momento em que forem assistir as peças, saibam o que estão fazendo, tanto professor@s quanto estudantes. Esse também é um processo que pode agilizar a questão do mais cultura e educação, envolvendo a sociedade.

- Formação para os/as atores e atrizes do MS, que nos tire do eixo;
- Debater sustentabilidade da arte no processo formativo da construção teatral;
- O que a universidade pode trocar com a gente, unindo teoria e prática;
- Escambo entre os grupos teatrais (oficinas entre os grupos);

Das apresentações:

- Ampliar para 30 apresentações;
- Descentralizar as apresentações para a periferia de Campo Grande; (praças, escolas junto com a secretaria de educação viabilizado via FCMS, rua);

Observações: 

As ações não precisam ser realizadas somente em uma semana, mas que aconteça o mês inteiro. E o processo de formação, por ser processo, é necessário que aconteça durante o ano.


# Encaminhamentos:

- Mobilizar a classe teatral para cobrar a reunião com o governador;

- Apoiar o SOS Cultura, no sentido de organizar um documento com as pautas dialogadas para ser protocolada na reunião com o governador;

Moção de repúdio:

1) Sobre o Ministério da Cultura, e a redução dos editais para o centro-oeste; (Fernando até quarta 07/10);

2) Contra o processo de eleição para o Fórum Estadual, visto que a classe teatral não se sente representada. Solicitamos prazo e melhor organização para participação. Não vimos convocatória pública. Cadê a chamada pública e que tenha mais de uma chapa; Questionar a publicação e o regimento que não se tornou público, para entendermos o processo de eleição, ausência de documentos; Chapa única. (Quem faz: Fernanda, até quando: hoje a tarde)

Agendar reunião com a Fundac:

- Elaborar documento para ser protocolado na Fundac, retomando as pautas: Plano Municipal de Cultura; Repasses do FMIC e Fomteatro, solicitar prazos do repasse; Posicionamento da Fundac para os prazos dos editais do próximo ano; Ofício e ligação na Fundac para agendar o horário e dia de reunião com o colegiado; (Fernanda resgatar o ofício, Mauro liga para agendar reunião terça de manha dia 13/10)

Organicidade de Campo Grande: 

- Redefinir reuniões ordinárias mensais do colegiado, retomar o regimento interno e rever o plano municipal de teatro do colegiado. (GT para organizar o plano de teatro do colegiado, junto com as metas).

Organicidade Estadual:

- Retomar a organização do regimento interno do Colegiado Estadual; (Que: Jair Damasceno, poderia iniciar o documento a partir do que foi encaminhado no Seminário de Teatro/2015), Fernanda enviar para o Jair o material produzido no seminário ainda hoje;

- Tentar agendar uma reunião do colegiado estadual; (Retomar a criação do e-mail estadual, pág no face....).

Propostas para Editais em consulta pública:

- Cuidado com proponentes que não residem em MS, critérios que comprovem a residência no Estado;
- Dividir recursos entre as categorias;
- Recursos específicos para mostras, festivais etc;
- Prêmios para artistas e/ou grupos que já possuem experiência comprovada dentro do Estado com no mínimo 05 anos;
- FIC: Recursos específicos para artistas e/ou grupos que estão iniciando na arte;

Observações: 

- Lutar para Fundo de Teatro Estadual.
- Participação do conselho municipal de cultura nas reuniões do colegiado;
- Participação de ao menos um/a integrante de cada grupo, e ou artistas;

- Relato da experiência do Imaginário Maracangalha com a utilização da ajuda de custo da FCMS, numa atividade do grupo. Lê o relatório das ações: Saroba Coisa de Preto (ação gratuita de artes integradas), realizado em junho/2015, estrutura de iluminação e sonorização; 16º Encontro de Teatro de Rua (Sorocaba/SP), políticas públicas e cortejo público e apresentações de espetáculo, carta documento RBTR, a FCMS investiu na cultura com um cachê R$ 4.000,00, que auxiliou na despesa da viagem, em contrapartida o grupo fará uma apresentação teatral de seu repertório ainda em aberto.


Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

OF Nº 010/Colegiado Teatro de Campo Grande/FCMS


OF Nº 010/Colegiado Teatro de Campo Grande/FCMS

Ao Sr. Athayde Nery

Presidente da FCMS e Secretário da SECTEI

O Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande vem por meio deste, manifestar contrariedade em relação à última convocatória feita pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul acerca de uma reunião agendada para o próximo dia 18 de setembro às 17h sobre a pauta Boca de Cena 2016. Compreendemos a necessidade de elaborar e produzir a Semana de Comemoração do Teatro e Circo, como é histórico da classe organizada em realizar este momento, porém, há assuntos ainda pendentes com esta Fundação que precisam ser resolvidos antes de iniciarmos o processo de 2016.

Por acreditarmos que o caminho se faz coletivamente e exigindo processos democráticos de participação, o Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande identifica que os itens listados abaixo sejam providenciados e que um devido e urgente retorno seja feito à classe teatral: 

- Resposta ao ofício Nº 06 de maio/15, enviado pelo Colegiado Setorial de Teatro a esta Fundação e Secretaria com o seguinte conteúdo:

- Se estabeleça um prazo para editais e/ou convocatórias das atividades anuais via FCMS.

- Seja informado à classe o prazo determinante do aumento de orçamento para os editais do Circuito de Teatro e Prêmio Rubens Correa, de acordo com o pronunciamento do governador Reinaldo Azambuja na abertura da Mostra Sul-Mato-Grossense de Teatro – Boca de Cena no mês de março de 2015;

- Seja por edital ou por convocatória, é necessário que se estabeleça entre a FCMS e colegiado de teatro, os critérios de seleção bem como a curadoria de cada evento. De forma mais transparente e democrática;

- O material, fruto das análises das avaliações das curadorias sejam disponibilizados à classe;

- Lançamento dos editais: FIC (Fundo de Investimentos Culturais) e Circuito Sul-mato-grossense de Teatro.

Os avanços alcançados pela classe teatral do estado, concretizados nos: Fundo de Investimentos Culturais, Circuito Sul-mato-grossense de Teatro, Prêmio Rubens Correa e Boca de Cena, e tão importante quanto estes, as contratações feitas por meio de editais, são ganhos que não podem ser perdidos.

Durante a campanha e mesmo perante a classe artística, já como governador, o Sr. Reinaldo Azambuja afirmou que a cultura teria um orçamento de 1½% da arrecadação estadual, bem como a valorização de nossos artistas nos eventos estaduais. Compreendemos a crise por que passam União, Estados e Municípios, mas o pouco que temos, são frutos de nossa luta e, portanto, não podemos perder o que conquistamos, por este motivo sugerimos que para o ano de 2016, seja investida a mesma quantia orçamentária com a qual o Senhor Governador se comprometeu publicamente em 25 de março do ano em curso, só deste modo se dará continuidade aos mesmos projetos anteriores.

Reiteramos que o que reivindicamos aqui é a publicação dos editais citados acima, referente ao ano de 2015 ainda neste ano, com no mínimo o mesmo valor do ano anterior 2014 e a garantia do orçamento de 1½ %, pronunciado pelo governador para o ano de 2016.

Sem mais para o momento, e aguardando uma pronta devolutiva.

Atenciosamente,


Campo Grande/MS, 15 de setembro de 2015.

Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande


Subscrevem os grupos, pessoas e coletivos abaixo:

Teatral Grupo de Risco

Circo do Mato - Grupo de Artes Cênicas

Flor e Espinho Teatro

Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática

Grupo Unicórnio

Imaginário Maracangalha

Adote- Cia Teatral Ator Domingos Terra

Grupo Casa- Coletivo de Artistas

Grupo Senta que o Leão é Manso

Cia Simbiose

Circo Le Chapeau

Aplauso Cia Teatral

Grupo Catropa

Fulano di Tal Cia de Teatro

Mercado Cênico



Roberto Figueiredo

Jorge de Barros

quinta-feira, 28 de maio de 2015

RESISTE CAMPO GRANDE!!!

O Colegiado de Teatro de Campo Grande, apóia a luta dos/as trabalhadores/as da cultura, assim como dos/as profissionais da educação e saúde de Campo Grande, que vivenciam uma das piores administrações da cidade, com o total descaso e descumprimento de leis com a classe trabalhadora.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

OF nº006/Colegiado Teatro de Campo Grande/FCMS



Campo Grande/MS, 06 de maio de 2015.


OF Nº006/Colegiado Teatro de Campo Grande/FCMS


À Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS)

Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação.

Sr. Presidente da FCMS e Secretário da SCTEI Athayde Nery,


O Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande, vem por meio deste manifestar contrariedade em relação aos encaminhamentos tomados por esta Fundação e Secretaria. Em meados de janeiro desse ano (2015), a FCMS e SCTEI convocou os/as artistas de teatro para uma breve apresentação de sua nova formação e propôs uma administração horizontal, participativa e dialógica.

Por acreditar que o caminho se faz coletivamente, e exigindo processos democráticos de participação o Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande, solicita que:


- Se estabeleça um prazo para editais e/ou convocatórias das atividades anuais via FCMS;

- Seja informado a classe o prazo determinante do aumento de orçamento para os editais do Circuito de Teatro e Prêmio Rubens Correa, de acordo com o pronunciamento do governador Reinaldo Azambuja na abertura da Mostra Sul-Matogrossense de Teatro – Boca de Cena/2015;

- Seja por edital ou por convocatória, é necessário que se estabeleça entre a FCMS e colegiado de teatro, os critérios de seleção bem como a curadoria de cada evento. De forma mais transparente e democrática;

- O material, fruto das análises das avaliações das curadorias sejam disponibilizados à classe;


Sem mais para o momento, e aguardamos uma devolutiva.

Atenciosamente,


Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Colegiado Estadual de Teatro: à FCMS

COLEGIADO SETORIAL ESTADUAL DE TEATRO DE MS

Campo Grande/MS, 27 de março de 2015.


“A utopia está lá no horizonte. 
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. 
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. 
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. 
Para que serve a utopia? Serve para isso: 
para que eu não deixe de caminhar”. 
(Eduardo Galeano) 




À Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS)
Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação.
Sr. Presidente da FCMS e Secretário da SCTEI Athayde Nery, 

        Nós trabalhadores/as profissionais do Teatro do Estado de Mato Grosso do Sul, reunidos no 2º Seminário Estadual de Teatro – Boca de Cena, realizado na Capital entre os dias 24 e 27 de março/2015, acreditamos que na relação entre o nosso trabalho e o público está a força motriz que impulsiona nossa criação. Somos pessoas comuns, igual a qualquer cidadão e cidadã que exerce seu ofício com honra, respeito e ética, neste sentido, reforçamos a ideia de que a arte seja democratizada com transparência às políticas públicas.

     Hoje, ao concluirmos mais uma etapa do nosso processo de formação e organização enquanto classe artística deste Estado e País, após 04 dias de intenso debate, convivência e trocas entres os grupos teatrais do MS, reforçamos que a ação teatral se torna imprescindível à emancipação humana e que o teatro segue em resistência e em oposição à lógica de mercado, pois é no contato de sua ação com o público que está o material e o ambiente que torna possível nós, artistas e público, repensarmos cotidianamente, nossas práticas, nossos erros e aprender com eles, pois o teatro deve ser encarando como algo maior e mais importante que um simples entretenimento. A nós artistas cabe garantir que a arte teatral mantenha sua relevância histórica.

      Nestes dias, dentro dos debates realizados, e como um dos objetivos do 2º Seminário de Teatro – Boca de Cena, os e as artistas do Estado, constituíram o Colegiado Estadual de Teatro, e é por meio desta organização que apresentamos os seguintes encaminhamentos e reflexões da classe organizada:

a) Mapeamento dos artistas e grupos de teatro do MS, por meio do colegiado de teatro e da Fundação (ou os próprios municípios), em prazo estabelecido junto ao colegiado estadual;

b) Mapeamento dos equipamentos culturais abertos e fechados (públicos e privados);

c) Capacitação dos grupos do estado para elaboração de projetos;

d) Encontro Estadual de Teatro ainda no segundo semestre deste ano;

e) Boca de Cena: 

- Que seja descentralizado, sendo realizado em outras cidades do Estado; 
- Ampliar os dias da permanência dos grupos nas cidades percorridas pelo circuito, por exemplo, para 03 dias, estabelecendo intercâmbio com os grupos locais;
- Não apenas apresentar, estimular a formação local;
- Que a produção do circuito seja feita também por grupos locais, não somente com apoio das prefeituras e que tenha recursos para os grupos que atuarem na produção;

f) Fomento de cursos, oficinas, intercâmbios entre os grupos do Estado;

g) A FCMS propiciar a comprovação da atividade teatral de artistas das cidades do interior do MS, por meio de certificados, declarações etc, visto que para retirar o DRT em muitos locais a mídia não colabora com matérias referendando o trabalho, nem as prefeituras locais.

h) Reavaliar todos os editais da FCMS, principalmente o FIC, o Circuito Sul-mato-grossense de teatro, festivais e o Prêmio Rubens Correa, garantindo que de fato seja um prêmio e não um convênio;

i) Que a municipalidade tenha editais distintos, e não mais concorra nos editais já existentes, garantindo recursos separados.

j) Criação de um sistema de avaliação de projetos, que tenha seu início com a comissão dos pareceristas, um segundo momento com o acompanhamentos do desenvolvimento do projeto, e o terceiro momento a avaliação dos resultados, numa ideia de investimento e acompanhamento (que pode ser feito pela FCMS, por exemplo). 

k) Que as avaliações de seleções de projetos priorizem a qualidade dos trabalhos desenvolvidos, e não somente o curriculo acadêmico dos artistas envolvidos nas propostas de projetos. 

l) Prever recursos para o acompanhamento dos projetos;

m) Detalhamento dos recursos de administração, pois segundo o conselho de cultura, foram utilizados somente 50% do que se tinha destinado a este campo, é preciso ser descriminado.

n) Desburocratização dos editais e convênios, já que é excessiva a quantidade de documentos solicitados inviabilizando o desenvolvimento do trabalho;

o) Criação de um PROAC (Programa de Ação Cultural/MS) em conjunto com o Colegiado Estadual de Teatro;

p) Inserção do Boca de Cena na agenda estadual;

Estes encaminhamentos seguem para serem dialogados com esta fundação, no intuito de que sejam garantidos e respeitas a demanda da classe teatral do Estado.

Seguimos na construção coletiva e na ideia dialógica e de transformação social que a arte proporciona.

Atenciosamente, 

Colegiado Estadual de Teatro de Mato Grosso do Sul





sexta-feira, 3 de abril de 2015

II SEMINÁRIO DE TEATRO – BOCA DE CENA/2015

24/03/2015 – Primeiro dia do seminário - Sede Teatral Grupo de Risco


COLEGIADO SETORIAL DE TEATRO e FUNDAÇÃO DE CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL, em parceria com a REDE DE EDUCAÇÃO CIDADÃ


Objetivo: Desenvolver um processo de formação à partir das experiências de artistas locais e da conjuntura cultural de Mato Grosso do Sul e de outras realidades, tendo em vista a organização da luta de classe, identificação dos desafios e aprofundamento do debate em torno de políticas publicas culturais.



25/03/15 – Segundo dia de seminário - Sede Teatro Imaginário Maracangalha

 Análise – limites e avanços para o teatro em Mato Grosso do Sul 

Roberto Figueiredo: Problemas de estrutura financeiro e político, enfrentamento com o poder público municipal. História do Teatro em MS, para os projetos do futuro, às vezes é importante dar um passo atrás, para analisar e caminhar para frente novamente. Vivemos momentos diferentes com um objetivo comum o teatro. Na década de 70, chegando em Campo Grande, época da ditadura, os grupos de teatro atuavam contra a ditadura. Havia uma confederação nacional de teatro, e as federações, com uma luta mais política, do que em relação ao teatro em si. Até a década de 80, a única coisa permitida eram as reuniões, por conta do período. Efervescência dos movimentos culturais, cria-se a federação de teatro, a de dança, foram criados pois era permitido, era como uma máscara para se reunir politicamente. As pessoas que estavam a frente neste período eram do meio, conquistamos um espaço nacional significativo, a cultura ainda era vinculado ao ministério da educação. Isso tudo politizou bastante os fazedores de teatro no MS, resultou numa série de ganhos. O movimento em MS, foi bastante politizado, na década de 80 e 90, estivemos muito forte na discussão política, é um movimento política, que geralmente é puxado pelo teatro. Nasce atrás, é importante olhar para a história, várias pessoas nossas, do meio, participavam destes espaços.

Haviam encontros, que não eram exclusivamente para ver teatro, mas espaços de convivência, de discussão, de troca, que eram orientados pela confederação de teatro. Hoje os festivais acabam mais rápido, os grupos vão e voltam de um dia para o outro, a forma de organização grupal de permanecia era muito importante. Isso acontecia fora do estado, íamos copiando os movimentos de festivais, nos estados.....

As pessoas que tinham interesses políticos nessa história, não precisavam mais das instituições, procuram seus partidos e outros espaços, contudo, não estávamos preparados para esse divórcio, surge um vácuo aí... Perde-se o espaço político, para ser somente o artístico. Então, inicia a organização de setoriais. As mudanças começam novamente a partir de 15 anos para cá...... Tínhamos até a década de 90, grupos fechados, neste sentido, haviam aspectos positivos e negativos, quem fazia parte de um grupo, não fazia do outro. A maior polêmica da década de 90, era a palavra “amador”, discutia-se a retirada desta denominação da confederação. Debatia-se a necessidade de ser profissional, por conta dos pagamentos, então virou uma categoria profissional. 


Provocações: Qual o papel que nós profissionais de teatro? Como nos organizamos perante isso? Enquanto grupo e pessoas físicas? Por meio de sindicatos? Colegiados?

A lei rounet não atende o Brasil, atende fora.

Divisão do estado até a década de 90, era um momento importante, da era amador, houve uma transição. A partir daí, a profissionalização da área, trouxe outro olhar. A discussão não era qualidade de trabalho, mesmo sabendo de sua importância. Teatro não tem que ir para a escola, mas a escola vir ao teatro. Levava-se para a escola sem nenhuma qualidade, para formação de plateia. Sem nenhuma estrutura. O espetáculo era adaptado para estar na escola? Não havia essa discussão, fizemos anos e anos uma tentativa de trazer plateia, mas a estratégia foi errada.

Provocações: De que formas temos que nos organizar neste período?

Qual a qualidade de nossos trabalhos? Na perspectiva da formação de plateia?

Estamos trabalhando com as emoções, trabalhamos com algo mais importante, é preciso ir a fundo. Precisamos de um documento que diga que somos artistas profissionais.

É necessário a discussão em torno da qualidade, para fortalecimento e crescimento da área, não estamos reivindicando misérias, são leis que estamos cobrando, é constitucional.

Qual a opção que o colegiado dá a essa instituição ao fazer a seleção? É possível fazer de outra maneira?

A qualidade precisa estar dentro de nossas discussões, para conquistarmos público.

Qual o tipo de público que queremos de qualidade ou quantidade?

Acho que fazemos arte por duas coisas, uma logicamente porque gostamos, outra é pra alguém veja. O momento é de crise, localizada, mais municipal. Que o SOS CULTURA, se realiza.

Há linguagens e possibilidades diferentes.


Debate:

Fernando: Teatro no MS, tinha muito a ideia de interiorização, rolava o intercambio entre os grupos. Esse vácuo na década de 90, mas acredito que surge novamente, por meio das redes. Se organizar politicamente também, essa questão da política e estética. Os grupos que vão para o interior, que tivesse uma troca, não fosse somente para apresentação. A ideia é tentar utilizar o circuito, para estabelecer esse intercâmbio.

Renderson: Percebo que o estado ficou muito tempo com grupos de 2 ou 3 pessoas. Os grupos também estão na prática de formação interna. Na busca da profissionalização da área é importante. A pesquisa dentro dos grupos, os processos se dão a partir de sua prática. Os grupos que estão a mais tempo, percebe-se que estão com caras novas. Os grupos estão com mais pessoas trabalhando juntas oxigena o grupo, olhar novo e energia.

Anderson: De 2000 para cá, tenho impressão que as coisas voltam para trás. Quais são nossas referências atuando nos palcos. O que acontece que vai desestimulando? A profissionalização, é difícil trabalhar com mais pessoas que não comungam da mesma ideologia do grupo. É o segundo ano do seminário, o governador esteve ontem na mostra, talvez por conta do movimento que politicamente está forte, e em sua profissionalização está frágil. Precisamos ver o que queremos e aí não sinto necessidade da fundação aqui, é definir o que queremos e cobrar isso.

Quais metas queremos? Como se organizar para definir metas e cobrar.
O núcleo de teatro trabalhar 08 anos com uma pessoa, é exigir do papel publico que cumpra.
O projeto na escola não deu certo, é importante pontuar os porques...

Marcelo (Coxim): Estabelecer a relação, pois a sensação de que a luta é solitária. Não centralizar em Campo Grande. Há um momento diferente, tem hoje no município, um grupo de teatro municipal. O viés é a escola.

Lú Bigattão: O panorama é legal, tudo é um processo é histórico, é uma categoria que leva a luta, é consciente, a politização da categoria, não é uma luta perdida, um vácuo, e sim um reflexo. A gente fazia teatro e era amador, porque acreditávamos, nos reunimos porque queríamos mudar o mundo. Quando surge a profissionalização, muda o foco, a qualidade do que se faz, qual o público. Fazíamos tudo junto, começou a ter uma divisão de categorias. Era amador porque tinha o domínio de tudo que se fazia dentro do grupo. Acho que mudou com os editais, a burocracia. 

Estamos batendo na prefeitura e esquecendo do Estado. Por que nunca batemos na porta do Sesc? A grana que o sesc tem? Antes queríamos levar o teatro na escola, mas há peças direcionadas para a escola. O interior ficou um período como uma coisa anônima, talvez seja o momento político. O momento é de crise, mas há coisas boas. O teatro tudo que quis conseguiu. O teatro é muito forte, é estruturar metas. Cadê as empresas? Como podemos ampliar?

Ricardo (FIC): Temos a política de ouvir e estar nesses espaços. Qual a pauta da organização para a FCMS. Vamos sempre ter esse intercâmbio com a classe para irmos vendo o que precisamos fazer. Não tínhamos muito antes, os canais de comunicação, a desconexão muito grande entre o canal governamental e a sociedade civil. É preciso ter uma pauta de discussão dentro do governo.

Aroldo: Parabenizar por esta luta, e a comemoração da semana de teatro. Comprovar diante de vocês que a angustia não é local, mas em todos os lugares. A busca e a angustia estão em mesmo patamar. De 3 anos para cá, o estado começou a expandir para o interior, (Salvador). A troca favorece a cultura que faz parte do mesmo estado. Quando ouço plateia, ainda assim se trabalha em festivais, por exemplo, com um setor que trabalha somente nesse aspecto. O teatro precisa de todo mundo. A questão dos editais, ainda a verba é insuficiente, a busca do produtor, ator, quanto mais puder disponibilizar para as áreas da equipe, porque sabemos que o teatro anda com essa equipe grande.

Roberto: Na ideia de festivais, que havia o interesse interno para o grupo. Como fazer com essa nova cara, a gente ficar se vendo e discussão dos nossos trabalhos. A questão da fecomércio na Morada dos Baís, outra afronta do município, é patrimônio tombado e é público, de acesso as pessoas. É preciso discutir isso com o governo municipal, não temos acesso a fecomércio, é uma empresa privada. O único espaço público que funcionava.

Divisão em 03 grupos para reflexão, à partir da análise mais ampla, feita no dia anterior, e a mais local, levantar os desafios e conhecer as realidades dos grupos e ou artistas. Relatar as propostas que o grupo propõe para superação dos desafios apontados nos 02 dias de seminário.


Apresentação dos grupos:

Grupo 1:
1 – Mapeamento dos artistas da cena local, por meio do colegiado de teatro e da Fundação (ou os próprios municípios) – Precisa estabelecer um prazo para isso.
2 – Mapeamento dos equipamentos dos espaços abertos e fechados;
3 – Capacitação dos grupos do estado para elaboração de projetos;
4 – Encontro Estadual de Teatro;
5 – Boca de Cena itinerante;
6 – Intercâmbio e vivência entre os grupos por meio do circuito (rever);

FIC
Destinado aos grupos, os editais seja de concorrência dos artistas, e um específico para as prefeituras;
Observação: Avaliação sobre a participação do boca de cena e o seminário. (segunda ou terça está marcado).

Grupo 2:
1 – Rio Verde e Jardim, falta de profissionais locais;
2 – Como fomentar a classe artística no interior (cursos, oficinas, intercâmbios, troca maior e mais profunda)
3 – Por meio do circuito
4 – DRT, ter no mínimo 2 anos do comprovação de atividade. Como fazer com o interior, de que maneira comprovar? A mídia não dá apoio, não há registros.
5 – Setoriais regionais, para fortalecer a classe local.
6 – Demandas vice e versa, em relação as ações com o interior.

Observação: Que o circuito seja recebido pelo grupo local (para fazer a produção) e não somente a prefeitura.

Grupo 3:
1 – Elaboração de uma carta de repúdio à fecomercio, com cópia a prefeitura, secretarias, câmara, legislativo... até dia 03/04.

2 – Estabelecer uma política de relacionamento com o Estado; (Qual o nível de relacionamento com o Estado? Observando os últimos acontecimentos, em que os artistas de teatro eram submetidos as definições da fundação, é preciso uma isenção total em relação ao estado, na hora que tiver que bater de frente, o fazer com autonomia);
3 – Ampliar as apresentações nos municípios para 03 dias, estabelecendo intercâmbio. Não apenas apresentar, estimular a formação local;
4 – Reavaliar o FIC e todos os outros editais da FCMS, o prêmio etc;
5 – Processo de avaliação do trabalho, início com os pareceristas, segundo momento avaliação dos resultados (um grupo de curador, outro grupo vai lá e avalia), isso é investimento. Criou-se ainda a fase intermediário, no meio do processo, uma pessoa acompanha para ver como está sendo o desenvolvimento do projeto. A avaliação recebe “” um selo identificando a qualidade do trabalho, e é fonte de consulta num próximo momento. Sistema de avaliação dos projetos. Os projetos não devem ser avaliados por curriculo (acadêmico), mas por mérito de criação.

Considerações:
-O mais importante para nós, diante das diferentes realidades, é a formação de produtores que entenda de projetos. Intercâmbios.

- Não é importante criar um selo de qualidade, mas o acompanhamento é necessário.
- Circuito, valor dele, a sugestão de acrescentar para 03 dias, oficina e intercâmbio, este valor que acrescenta seja recebido pelo grupo local.

- Produção do circuito feita pelo grupo local.

- Utilização de ferramentas disponíveis, apropriação do mecanismo, o cadastro do silic, utilizar como ferramenta local.

- Acrescentar a verba para o acompanhamento dos projetos. Verba distinta e descriminada da municipalidade.

- Verba de administração, foi utilizada somente 50%, é preciso ser descriminada, o conselho informou que não foi utilizado tudo, somente a metade.

- A FCMS precisa acompanhar o desenvolvimento dos projetos feitos.

- O Prêmio Rubens Corrêa, enquanto prêmio e não convênio.

- Compor um sistema de avaliação e acompanhamento.


26/03/15 – Terceiro dia de Seminário - Na sede do Circo do Mato



Leitura do regimento interno do Colegiado Setorial de Teatro de Campo Grande, como base para formulação do regimento estadual. Dividido em grupo, as propostas:

Considerações:

Grupo 1:

- Trocas onde se fala município por estado;
- Nas comissões, inserir o mapeamento de grupos, artistas e aparelhos. (Como funciona? Qual o papel de cada comissão? (Detalhar o papel)
- Papel do colegiado estadual (suas proposições);
- Uma pessoa pode ser um colegiado?
- Grupos de trabalho nas regiões onde não tem o colegiado.

Grupo 2:
- Criação de e-mail estadual do colegiado; (passar uma lista de e-mails hj)
- Página no face estadual; (Quem cria esses instrumentos?)
- Pautar na lei o regimento interno, a partir dos planos estaduais, nacionais, do fórum estadual etc... (Olhar este regimento base, transferindo-o para âmbito estadual);
- Proposta de reuniões bimestralmente, descentralizando, dividindo por regiões. Que o local das reuniões sejam definidas a cada reunião;
- Formação de comissão que pensará o regimento interno a ser apresentado na próxima reunião;
- O coro das reuniões: incentivar a participação de grupos, que compõe seus colegiados municipais ou regionais, e as cidades que ainda não constituirem os colegiados, participem ativamente com o grupos e artistas que estiver;
- Utilização da tecnologia para as reuniões, como teleconferência, skipe etc...
- Formação das comissões com o maior número de pessoas dos diversos municípios;
- A comissão de pesquisa/história, colaborar no mapeamento dos grupos, incentivando a participação de mais municípios no decorrer das reuniões. (Ampliar/agregar/fomentar/incentivar)

Grupo 3:
- Rever a introdução, conforme lei estadual;
- Colegiado Estadual de teatro funcionasse como órgão indicador, podendo indicar para conselho (dependendo da especificidade do municipio;
- Ao invés de 1 ano, para 2 anos, para a comissão da executiva estadual; (artigo 4)
- Comissões temáticas, para 2 ou 3 anos, no mínimo 2;
- Proposta das reuniões ordinárias, para ser trimestral;
- Reuniões em diversos locais públicos e privados, de acordo com o consenso do colegiado estadual;
- Termos de concordância para definições on line;

Comissão para formação do regimento:

- Fernando/Fernanda/Renderson/Léo de Castro/Damasceno

Data da próxima reunião do colegiado estadual e local:

- 03 de junho de 2015 após o almoço, o local a ser definido pela equipe local.

Nesta reunião, discussão final e aprovação do regimento interno.

Leitura e aprovação da síntese do encontro com propostas a serem protocoladas na FCMS;

Leitura e aprovação da NOTA DE REPÚDIO, sobre a questão da Morada dos Baís.

Encerramento do dia, lanche coletivo e muita energia!!!!